Resenha: Garota Interrompida - Susanna Kaysen

04 setembro 2013

Título: Garota Interrompida

Autora: Susanna Kaysen

Editora: Única

Páginas: 889

Avaliação: ★★★★★

Sinopse:Quando a realidade torna-se brutal demais para uma garota de 18 anos, ela é hospitalizada. O ano é 1967 e a realidade é brutal para muitas pessoas. Mesmo assim poucas são consideradas loucas e trancadas por se recusarem a seguir padrões e encarar a realidade. Susanna Keysen era uma delas. Sua lucidez e percepção do mundo à sua volta era logo que seus pais, amigos e professores não entendiam. E sua vida transformou-se ao colocar os pés pela primeira vez no hospital psiquiátrico McLean, onde, nos dois anos seguintes, Susanna precisou encontrar um novo foco, uma nova interpretação de mundo, um contato com ela mesma. Corpo e mente, em processo de busca, trancada com outras garotas de sua idade. Garotas marcadas pela sociedade, excluídas, consideradas insanas, doentes e descartadas logo no início da vida adulta. Polly, Georgina, Daisy e Lisa. Estão todas ali. O que é sanidade? Garotas interrompidas.

Garota Interrompida pode ser considerada a autobiografia da autora Susanna Kaysen, pois narra as experiências de vida da própria,que também ficou internada por um período em um hospital pisciquiátrico. A personagem do livro (Susanna Kaysen), foi internada (de forma voluntária) aos 18 anos no Hospital Psiquiátrico McLean, onde passou 2 anos. Diagnosticada com um transtorno de personalidade limítrofe. Susanna era uma garota rebelde, se envolveu com um professor, e tinha sinais de depressão e diferente de outros adolescentes de sua idade, ela tentou suicidio tomando cinquenta aspirinas e foi parar no hospital.

O livro conta como era a vida da personagem e de suas amigas nesse hospital, conta o motivo pelo qual cada uma está lá agora, explica detalhadamente como era o dia a dia delas e até mesmo fala sobre as enfermeiras com vários detalhes. Como o livro é narrado em 1967, podemos ver o quanto os tratamentos eram diferentes dos dias de hoje. Por exemplo usava-se eletrochoques e enrolavam as pacientes com lençóis molhados e gelados para esfriar o ânimo.

Sim, são usadas palavras fortes no livro como ''pica de menta'',''xoxota de menta'', ''vaca'', etc. E também falam bastante sobre experiências sexuais. Mas acho que é o que torna o livro divertido. (Minha amiga deixou grifada todas essas palavras no livro, o que deixou mais engraçado ainda kk)

Achei interessante o modo como a personagem sempre questiona o motivo pelo qual foi parar lá, já que foi a primeira consulta que tivera com seu novo médio e durou menos de meia hora para que ele falasse que deveria ser interna, e o motivo pelo qual achou isso, foi por ter espremido uma espinha. No final, ela questiona sempre sua sanidade, queria saber se estava louca ou não, se o que pensava era normal ou não.

Em questão da capa, achei a capa incrível, eu peguei o livro emprestado da minha amiga, justamente pela capa, o rosa super fluorescente chamou muito a minha atenção. A leitura não é cansativa, mas também não foi algo que me prendeu muito, achei a história bem confusa as vezes, pois misturava muito presente com passado, mas acho que essa foi a ideia da autora mesmo, já que estamos falando de um livro que narra a vida de uma pessoa que passou dois anos internada em um hospital psciquiátrico. Enfim, acho que não é o tipo de leitura que me agrada muito. Mesmo assim achei a história da autora incrivel, saber que uma pessoa passou por tudo isso, principalmente na época de 60 onde tudo era diferente (o livro deixa bem claro essa diferença), conseguir superar tudo isso e escrever um livro sobre a própria experiência. É mesmo uma prova de superação.




1 comentários:

  1. Confesso que nunca me interessei pelo livro, mas ganhei o DVD do filme, e as atuações nele são incríveis. Gostei da resenha, e me fez pensar que o livro pode vir a complementar o filme - ou vice versa.

    legadodaspalavras.blogspot.com.br

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